Paralisia Facial
segunda-feira, 21st maio, 2012
Paralisia facial pode ser periférica ou central, sendo a primeira a mais comum.
Várias doenças podem afetar a função do nervo facial, incluindo diabete, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), doença de Lyme, fraturas do osso temporal, tumores da parótida e do ângulo ponto-cerebelar, otite média, herpes zoster (síndrome de Ramsay Hunt), sarcoidose, eclampsia, amiloidose e a Síndrome de Guillain-Barré. Porém, a apresentação mais comum da PFP é a idiopática ou Paralisia de Bell, que ocorre em 60-80% dos casos e é diagnosticada após a exclusão de todas as etiologias possíveis.
Vários autores nos últimos anos publicaram artigos com hipóteses etiológicas para a Paralisia de Bell, como genética, metabólica, autoimune, vascular (DM, HAS, vaso espasmo, frio, stress), compressiva, e infecciosa (herpes simples vírus), porém esta entidade continua sendo sinônimo ou mesmo definida como paralisia idiopática (sem causa definida). Por isso não precisa se preocupar com o contágio.
Alguns exames servem para descartar outras etiologias, outros para nos dar uma noção de prognóstico (como vai ser a melhora).
O importante é o tratamento precoce, e os cuidados, principalmente com os olhos, já que há uma diminuição do lacrimejamento, e dificuldade para piscar.
A eletroestimulação é controversa no tratamento da paralisia facial periférica. Muitos autores condenam essa prática, que pode levar a contraturas, além de não haver evidências reais que ela possa melhorar a função de músculos reinervados.
Fisioterapia e exercícios miofuncionais são indicados para alguns pacientes. Mesmo que não se perceba movimento facial, fibras nervosas intactas serão ativadas, auxiliando a manter o tônus muscular. Informação, automassagem, exercícios de relaxamento e respiração além de exercícios específicos para coordenação e controle de sincinesias resultam em melhor qualidade de vida, diminuição da dor, movimentos involuntários, além de melhora em dificuldades para alimentação e fala.
Existe um tratamento cirúrgico para descompressão do nervo, mas as indicações são bem precisas, principalmente nos casos traumáticos.